São dois Fluminenses.
Um sendo bem administrado: finanças, marketing e governança.
O outro, sendo conduzido de forma amadora: o futebol, que é a nossa raiz, nosso sustento, a razão de existir do Tricolor. Tem que profissionalizar para ontem o futebol. Logo. Já! A título de exemplo, olha as contratações: Lucas (vivo-morto), o gordinho Marlon, o pesado e caro Robinho e um tal de Romarinho. Aliás, a única contratação não desejada pelos nossos dirigentes foi a que vingou, a que deu certo: Richard. Momento Forrest Gump do pessoal do Futebol. Acertou sem querer.
E olha os critérios: Marlon porque na Copa do Brasil fez uma boa partida pelo Criciúma e Romarinho porque também na Copa do Brasil fez uma boa partida pelo Globo. É inacreditável! Até eu como vice de futebol faria melhor. Futebol hoje em dia é para gente grande. Precisa ser levado a sério. E nisso tudo fica o Abel, sozinho, isolado, exercendo multifunções (técnico, vice de futebol, CEO do futebol). Espero que Abad saia da zona de conforto porque de conforto não tem nada. E que seja mais ousado e criativo, mesmo sem dinheiro.
Antes das eleições, lembro de um papo com Francisco Horta na casa do Cacá Cardoso. Disse ele: o Fluminense tem que contratar um craque, um ídolo. E citou brincando o Messi. É isso. Um ídolo traz torcida, patrocinador, visibilidade, aumenta o sócio-torcedor. Optou Abad por Romarinho. Mas ainda é tempo para mudar.
Por fim, vamos parar de procurar culpados, apontando dedo, com desculpas esfarrapadas.
A culpa é do Peter?
Do mordomo?
Ou será que os empresários do Romarinho, Marlon e Robinho deram um “boa noite cinderela” aos nossos dirigentes e, inconscientemente, assinaram as contratações?
Ou será que a verdadeira culpada, no vexatório ano de 2017 do nosso futebol, foi aquela estagiária do Jurídico, covardemente demitida, e com o seu nome veiculado na mídia, escolhida como “boi de piranha”, quando se perdeu prazo (erro gravíssimo) no processo movido pelo Levir Culpi?
A verdade é uma só: faltou profissionalizar o futebol e criatividade nas contratações. Mas ainda é tempo para mudar. Estamos Juntos.
Sem tabelinha.